O controle de ponto funcionando com o Big Data é um dos primeiros exemplos quando pensamos no uso desse recurso no RH.
E, em um cenário corporativo cada vez mais dinâmico e interconectado, essas estratégias de gestão de Recursos Humanos (RH) são super necessárias para atender as demandas.
Nesse contexto, a ascensão do Big Data vem como uma força catalisadora, capaz de remodelar a maneira como as empresas desenvolvem e retêm seus talentos.
Quando falamos nesse recurso, uma das primeiras coisas que se deve vir à cabeça são os os 3 Vs: volume, velocidade, variedade.
Essas palavras que parecem simples, oferecem ao RH uma nova perspectiva, deixando de lado as análises de dados convencionais e trazendo uma maior compreensão sobre os colaboradores.
Neste artigo, exploraremos esse match entre o Big Data e o RH, destacando como essa simbiose pode trazer a excelência organizacional.
Vamos explorar juntos esse caminho? Então, acompanhe a leitura conosco.
O que é o Big Data?
Primeiramente, é crucial que você compreenda o significado fundamental das coisas. Embora muito se tenha discutido sobre isso, o que, de fato, representa o big data?
Essa é uma indagação frequentemente feita, porém, nem sempre é possível obter uma explicação direta e simples, uma vez que o conceito pode parecer um tanto abstrato.
Em essência, o big data é um termo utilizado para descrever conjuntos de dados que são demasiadamente extensos ou complexos para serem processados por softwares convencionais de tratamento de dados.
Esses dados podem ter uma grande variedade, chegando em volumes crescentes e com mais velocidade.
Atualmente, o big data representa um ativo de grande valor para as organizações. Por exemplo, considere algumas das principais empresas de tecnologia global, cuja significativa parcela de valor provém de seus dados.
Essas empresas são submetidas a análises constantes visando otimização de eficiência e desenvolvimento de novos produtos.
Avanços tecnológicos recentes desencadearam uma redução exponencial nos custos associados ao armazenamento e processamento de dados, facilitando e tornando mais acessível a tarefa de armazenar grandes volumes de informações.
No cenário atual, diversas empresas de Software como Serviço (SaaS) se especializam na gestão desses dados complexos.
A história do Big Data
Para entender melhor sobre essa tecnologia, é importante que você fique por dentro da contextualização, né?
Mesmo que o conceito de big data em si seja relativamente novo, as origens dos grandes conjuntos de dados são lá dos anos 1960 e 1970, quando o mundo dos dados estava apenas começando…
Chegado os anos 80 e 90, os avanços na tecnologia permitiram coletar mais dados sobre os clientes por meio dos códigos de barras dos produtos vendidos nas lojas.
Nos anos 2010, a explosão dos dispositivos móveis e da Internet das Coisas (IoT) gerou ainda mais dados sobre o comportamento e as preferências dos usuários.
Além disso, novas ferramentas analíticas surgiram para lidar com esses enormes volumes de dados complexos.
Atualmente, visualizamos o big data em toda parte!
Ele pode ser coletado a partir de comentários públicos compartilhados em redes sociais e sites, coletados voluntariamente a partir de dispositivos pessoais e aplicativos, por meio de questionários, compras de produtos e check-ins eletrônicos.
A presença de sensores e outras entradas em dispositivos inteligentes permite que os dados sejam coletados em um amplo espectro de situações e circunstâncias.
Os 3 Vs do Big Data
As três características principais do big data, também conhecidas como os três Vs são volume, velocidade e variedade. Vejamos aqui detalhes sobre cada um desses pontos:
Volume
O volume é a quantidade de dados que existe e que precisa ser analisada. Por meio do big data, é preciso processar altos volumes de dados de baixa densidade e não estruturados.
Para algumas organizações, isso pode significar dezenas de terabytes de dados. Para outras, pode ser centenas de petabytes.
Velocidade
A velocidade é sobre a rapidez com que os dados são recebidos.
Normalmente, os fluxos de dados com maior velocidade entram diretamente na memória, em vez de serem gravados em disco.
Algumas soluções inteligentes são habilitadas para internet operam em tempo real ou quase real e exigem avaliação e ação em tempo real.
Variedade
A diversidade está relacionada aos diversos tipos de dados, sendo os convencionais aqueles com uma estrutura definida que se integram de maneira ideal a um banco de dados relacional.
Com a ascensão do big data, novas formas de dados não estruturados passaram a surgir.
Dados não estruturados e parcialmente estruturados, como texto, áudio e vídeo, demandam um processo adicional de pré-processamento para extrair significado e oferecer suporte aos metadados.
Os usos do big data
Como citamos anteriormente, o big data está em todos os lugares e tem impactado significativamente a forma como as empresas operam e tomam decisões estratégicas.
Nesse cenário, os analistas de dados desempenham um papel crucial ao examinar a interconexão entre uma variedade de dados, como informações demográficas e históricos de compras.
Essas avaliações podem ser conduzidas internamente por equipes especializadas ou por terceiros especializados em processar grandes conjuntos de dados em formatos mais compreensíveis.
Para clarear ainda mais para você sobre o uso, vamos a um exemplo mais palpável, como as empresas que convertem as análises de big data em ações concretas para a publicidade digital.
Gigantes como a Alphabet (empresa-mãe da Google) e a Meta (anteriormente conhecida como Facebook) utilizam intensivamente o big data para otimizar a entrega de anúncios.
Basicamente, ao analisar padrões de comportamento do usuário, históricos de cliques e preferências, essas empresas podem personalizar anúncios de uma maneira jamais vista antes.
Ao levar os conteúdos para públicos específicos, essas empresas aumentam a eficiência dos gastos com publicidade e melhoram a experiência do usuário.
E isso é só a ponta do iceberg!
Quase todos os departamentos de uma empresa podem se beneficiar das descobertas provenientes da análise de dados.
Departamentos de tecnologia podem usar big data para aprimorar a segurança cibernética para verificar padrões de tráfego e comportamento de usuários, por exemplo.
Essa é uma forma de buscar e mitigar ameaças potenciais, fortalecendo assim as defesas da empresa contra ataques cibernéticos.
O big data também é crucial para personalização em marketing e vendas, já que esses dados devidamente estruturados auxiliam na previsão de tendências de mercado.
Com isso, é possível ajustar estratégias de preços com base na demanda do consumidor e até mesmo personalizar ofertas para diferentes segmentos de clientes.
Principais aplicações do Big Data para RH
Quando falamos que o Big Data pode ser utilizado em qualquer área da empresa, isso inclui também o RH!
Veja só algumas aplicações super legais dessa tecnologia para a gestão de pessoas:
Análise de talentos
O seu setor pode utilizar o recurso de modelagem preditiva de competências para analisar dados de desempenho passado e características individuais.
Dessa forma, é possível prever competências que serão cruciais para funções futuras. I
Isso ajuda na identificação de talentos com habilidades específicas necessárias para cargos estratégicos.
Outro uso dentro do arcabouço de análise de talentos é o uso dos dados para mapear trajetórias profissionais bem-sucedidas dentro da organização, identificando padrões de desenvolvimento e experiências.
Retenção de talentos
Você sabia que é possível analisar sentimentos e opiniões dos colaboradores por meio de análise de texto em comunicações internas, pesquisas de clima e mídias sociais?
Parece coisa do futuro mas isso já é algo aplicável no presente!
O Big Data pode identificar padrões de insatisfação antes que se tornem motivos para a saída de um talento-chave.
Qualidade na contratação
É possível realizar a análise de currículos e históricos profissionais através da implementação de algoritmos para analisar grandes volumes de currículos.
Esse recurso permite avaliar automaticamente a adequação de habilidades, experiências e formação acadêmica para os requisitos específicos de cada função.
Avaliação de desempenho
Avaliar o time indo além de métricas tradicionais e contextualizar o desempenho em relação a variáveis específicas do setor, da equipe e do ambiente de trabalho é algo que o Big Data pode te ajudar.
Não somente, ainda existem algoritmos próprios que podem ser implementados para coleta e análise de feedback contínuo.
Isso permite uma abordagem mais proativa para o desenvolvimento já que são identificadas tendências e áreas de melhoria em tempo real.
Controle de ponto
O uso do Big Data no controle de ponto representa uma revolução significativa para o setor de Recursos Humanos (RH).
O uso dessa tecnologia possibilita a monitorização em tempo real, identificando padrões, tendências e comportamentos nos registros de ponto eletrônico digital.
Isso não apenas simplifica a administração do tempo, mas também contribui para uma tomada de decisão mais informada no âmbito do RH.
Vantagens do uso do Big Data no RH
Por fim, para instigar você ainda mais sobre como é interessante aplicar o Big Data no seu RH, vejamos aqui algumas vantagens:
1. Análise de desempenho 360º
Em vez de focar apenas no desempenho passado, o big data no RH pode criar análises de desempenho mais profundas, podemos dizer até mesmo que holísticos.
Ou seja, uma boa análise de informações leva em consideração fatores contextuais, feedback contínuo e até mesmo o impacto emocional no ambiente de trabalho.
Além disso, é crucial reconhecer a importância das soft skills, como comunicação eficaz e trabalho em equipe, para um desempenho global equilibrado.
Enquanto as hard skills são fundamentais, as soft skills desempenham um papel vital na construção de ambientes de trabalho saudáveis e produtivos, promovendo uma abordagem mais completa na avaliação de competências profissionais.
2. Produtividade de maneira contextualizada
Ao invés de analisar a produtividade isoladamente, o big data pode contextualizá-la de forma mais inteligente.
Isso envolve entender o ambiente de trabalho, as interações sociais e os fatores externos que influenciam a produtividade.
Dessa forma, é possível fazer ajustes mais precisos nas estratégias de melhoria.
3. Gestão de tempo baseada em fluxo
No lugar de apenas gerenciar o tempo, o big data pode criar abordagens baseadas em fluxo.
Basicamente, o gestor passa a entender os momentos mais produtivos para tarefas específicas.
Com isso, é possível fazer a personalização de horários de trabalho e pausas com base nas características individuais e padrões identificados.
Ao incorporar essas abordagens inovadoras, as organizações podem maximizar o potencial do big data inclusive dentro do RH.
A sua equipe de gestão de pessoas pode ir além das análises convencionais e adotar estratégias mais personalizadas e preditivas.
Conclusão
A integração do Big Data ao setor de Recursos Humanos representa um avanço na gestão de pessoas. Ao aplicar essa tecnologia, especialmente no controle de ponto, o RH pode analisar dados de forma abrangente, antecipar competências futuras, e identificar padrões de desenvolvimento.
As aplicações práticas, como análise de talentos e retenção de talentos, qualidade na contratação e avaliação de desempenho, oferecem benefícios tangíveis. As vantagens incluem análises 360º, contextualização da produtividade e gestão de tempo baseada em fluxo. Em última análise, o Big Data no RH não é apenas uma evolução, mas uma ferramenta essencial para impulsionar a excelência organizacional, adotando estratégias mais personalizadas e preditivas.