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O impacto ambiental da pandemia de coronavírus [infográfico]

By Bronwyn Kienapple, Apr 22, 2020

impacto ambiental coronavirus

À medida que a pandemia de coronavírus se desenrola ao redor do mundo, ameaçando vidas e perturbando a economia mundial, ela também está tendo um profundo impacto ambiental.

Primeiro, os cientistas notaram uma diminuição nas emissões de gases de efeito estufa na China, local onde a pandemia teve início, e esta tendência veio na esteira da propagação da pandemia pelo planeta.

Enquanto isso, mensagens mostrando a vida selvagem tomando conta de áreas urbanas viralizaram nas redes sociais, alegando que “a natureza teria apertado o botão de reset”.

O aumento dramático de resíduos hospitalares e embalagens de compras pela internet tem sido menos comentado.

Neste artigo, analisaremos o impacto ambiental geral da crise da COVID-19 até o momento, e quais lições podemos tirar desta tragédia para combater as mudanças climáticas no futuro.

Primeiro, vejamos os dados através do nosso infográfico exclusivo:

impacto ambiental coronavirus


Aprenda a fazer um infográfico você mesmo com o nosso guia passo a passo para iniciantes.

Então, o que essas estatísticas e curiosidades significam para o ambiente a curto e longo prazo? Que lições podemos tirar delas para combater as alterações climáticas e impedir o aquecimento global no futuro? Vamos dar uma olhada por categoria.

Índice:

1. O impacto ambiental do coronavírus nas emissões de carbono

impacto ambiental emissao de carbono

Congestionamento do tráfego

Com as estratégias de lockdown ou distanciamento social em vigor em países de todo o mundo, houve um declínio acentuado nas viagens e na atividade econômica global.

Como resultado, o congestionamento do tráfego de automóveis nas grandes cidades diminuiu drasticamente. Em Nova York, o pico de congestionamento caiu 47% em relação à média de 2019 na manhã de 23 de março. A cidade de Los Angeles sofreu uma queda de 51%, de acordo com a Fox News e o TomTom Traffic Index.

Com menos congestionamento, há menos poluentes como o monóxido de carbono. Naturalmente, uma vez que os trabalhadores não essenciais forem autorizados a regressar ao local de trabalho, o trânsito e a poluição aumentarão novamente. Isso terá algum efeito duradouro sobre o ambiente?

Uma pista vem de Wuhan, na China, onde o surto começou no final de 2019. O trânsito ainda estava abaixo de 50% no final de março, mesmo depois que as restrições foram levantadas e os funcionários retornaram aos seus empregos.

Viagens aéreas

O transporte aéreo também sofreu um grande impacto por conta da orientação dada à população de ficar em casa, de forma que a emissão de gases de efeito estufa também diminuiu.

As emissões de dióxido de carbono dos aviões atingiram mais de 900 milhões de toneladas em 2018 e espera-se que esse número triplique até 2050, de acordo com a sociedade de aviação das Nações Unidas. A questão é que, mesmo que as companhias aéreas estejam se tornando mais eficientes em termos de combustível, estimava-se que o aumento da demanda superaria esses ganhos.

No entanto, a demanda caiu de forma drástica e repentina. Nos primeiros três meses de 2020, houve uma diminuição de 67 milhões de passageiros na Europa em comparação com o ano anterior, afirma o Airports Council International.

Nos EUA, o tráfego aéreo doméstico caiu cerca de 40%, aponta a NPR. Embora os cancelamentos tenham sido mais frequentes ao redor do mundo do que nos EUA, os estados não instituíram restrições de viagens aéreas domésticas.

Ainda assim, embora esta tendência reduza as emissões de gases de efeito estufa provenientes dos voos, o resultado também inclui demissões em massa dos funcionários e licenças voluntárias não remuneradas.

Efeito nas emissões de carbono

impacto ambiental coronavirus

Concentrações superficiais de dióxido de nitrogênio no norte da Itália, comparação entre 31 de janeiro e 15 de março de 2020. (Crédito: Serviço de Monitorização da Atmosfera Copernicus (CAMS); ECMWF)

A queda do tráfego e das viagens aéreas teve um impacto significativo nas emissões dos gases de efeito estufa, como o dióxido de nitrogênio e o monóxido de carbono?

Parece que sim. As emissões de carbono da China caíram cerca de 25% ao longo de um período de quatro semanas após o Ano Novo Chinês.

Um estudo controverso afirma que as melhorias na qualidade do ar registradas ao longo de dois meses neste país podem ter salvado a vida de 4 mil crianças menores de cinco anos e de 73 mil adultos com mais de 70 anos de idade.

O norte da Itália registrou uma redução de 10% no poluente dióxido de nitrogênio por semana durante as quatro a cinco semanas anteriores a 17 de março. A área foi duramente atingida pela COVID-19 e, por isso, entrou em lockdown.

A melhoria da qualidade do ar foi ainda mais evidente em Madri, na Espanha, devido à orientação das autoridades de que a população de todo o país deveria permanecer em casa. O nível médio de dióxido de nitrogênio registado em 17 de março foi quase 75% inferior ao da semana anterior. E na cidade de Nova York, o monóxido de carbono, principalmente aquele liberado pelos carros, tinha sido reduzido em quase 50% em comparação com março de 2019.

Efeitos sobre as alterações climáticas de curto e longo prazo

Infelizmente, esta queda nas emissões de carbono provavelmente terá a mesma duração do vírus. A atividade aumentará assim que a pandemia for contida, criando um efeito de rebote já observado em outras crises, diz o jornal espanhol El Pais.

A crise financeira de 2008 causou uma queda de 1% no dióxido de carbono, mas, assim que a economia se recuperou, as emissões voltaram a subir — em velocidade maior do que antes da crise.

A conclusão? “Não vamos combater a mudança climática com um vírus”, disse o secretário-geral da ONU, Anthonio Guterres, em 13 de março.

Afinal, as medidas para interromper a propagação do coronavírus não terão um efeito duradouro sobre as mudanças climáticas. É necessária uma mudança estrutural. Mas o fato é que algumas tendências preexistentes, como o aumento do trabalho remoto, foram aceleradas com a pandemia e terão efeitos a longo prazo na redução das emissões de carbono e do aquecimento global.

2. O impacto ambiental da pandemia de coronavírus nos resíduos

impacto ambiental residuos

Resíduos hospitalares

A enorme demanda por produtos médicos descartáveis, como luvas de uso único, máscaras cirúrgicas e bolsas intravenosas criou um dilúvio de resíduos hospitalares.

Em Wuhan, na China, estima-se que o volume de lixo hospitalar aumentou de 40 para 240 toneladas por dia no auge da epidemia, de acordo com o South China Morning Post. As instalações de processamento de resíduos médicos em 29 cidades estavam na capacidade total ou quase total.

As máscaras usadas pelos profissionais de saúde são esterilizadas e enviadas para o aterro sanitário ou são incineradas. Mas os fabricantes chineses estavam produzindo 116 milhões de máscaras por dia até o final de fevereiro. Ainda não se sabe a rapidez com que as pessoas tem usado e descartado essas máscaras — que o governo sugere que sejam usadas em público.

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Lixo hospitalar no campus oeste do Hospital Wuhan Union. Foto: Xinhua, South China Morning Post

A onda de lixo hospitalar sólido está começando a ameaçar os EUA. E este não é apenas um problema ambiental, pois 467 mil trabalhadores da indústria de coleta e eliminação de resíduos do país estão sendo colocados em risco.

O lado positivo? Os EUA têm mais capacidade de tratar esse tipo de resíduo em seu centros do que a China, de acordo com Bloomberg.

Porém, isso ainda não aborda o lixo doméstico e a reciclagem produzidos tanto por indivíduos doentes como pelos assintomáticos. Até agora, o fornecimento de EPI e de diretrizes para proteger os funcionários da coleta de lixo têm sido confusos.

Embalagem reutilizável

A embalagem de plástico está desfrutando de um aumento na popularidade durante a pandemia do coronavírus. Vistos como uma opção mais higiênica, os gastos com produtos alimentares embalados estão aumentando na Europa.

Na Itália, o consumo de tangerinas embaladas aumentou em 111% na semana que terminou em 8 de março, em comparação com o mesmo período em 2019. Isso apesar do fato de que não há evidências de que alimentos ou embalagens possam transmitir a COVID-19.

Nos EUA, os sacos reutilizáveis foram proibidos nos estados de New Hampshire, Illinois e Massachusetts, segundo a MarketWatch. Os republicanos estão pressionando Washington, Nova York e Nova Jersey para banir ou atrasar suas respectivas proibições do uso de sacos plásticos.

Eles alegam que os sacos reutilizáveis são mais propensos a transmitir o coronavírus. Enquanto pesquisas descobriram que o coronavírus pode viver por 72 horas em superfícies de plástico, não foram realizados testes similares com tecidos.

No entanto, um estudo de 2015 da revista Science descobriu que 275 milhões de toneladas métricas (MT) de plástico foram produzidas em 192 países costeiros em 2010 —  4,8 a 12,7 MT dos quais foram para o oceano. A pandemia de coronavírus certamente acelerará essa tendência.

Embalagens de compras online

Cerca de 165 bilhões de pacotes são despachados a cada ano nos EUA, e a cartolina utilizada equivale a  aproximadamente 1 bilhão de árvores, informou a Limeloop. As entregas da Amazon e de kits de refeições, como a Blue Apron, são apenas dois varejistas eletrônicos que contribuem para o excesso de papelão e plástico.

Como a população está com medo de sair de casa ou segue estritas regras de confinamento, tem havido um aumento na demanda por compras online.

Na verdade, as vendas da Amazon aumentaram ao ponto da empresa anunciar que precisará contratar 100 mil novos funcionários para atender a demanda. Ainda não conhecemos as consequências deste enorme aumento dos resíduos de embalagens.

As Nações Unidas preveem que, até 2050, haverá mais plástico do que peixe no oceano. A pandemia de coronavírus indubitavelmente acelerará esta tendência, contribuindo para outros problemas— o entupimento de sistemas de drenagem e a liberação de poluentes, quando queimados.

Resíduos comerciais

Segundo a Politico, um executivo de uma grande empresa de coleta de resíduos afirmou que 300 clientes já suspenderam o serviço esta semana.

Na sexta-feira anterior, somavam-se apenas 25 suspensões, o que significa menos resíduos comerciais. O empresário espera que esse número cresça para mil em breve. Resta observarmos se esta tendência equilibrará o aumento dos resíduos de consumo discutidos acima.

3. O impacto ambiental da pandemia de coronavírus na vida selvagem

impacto ambiental vida selvagem

Desde o início da pandemia de coronavírus, começou a circular na internet a ideia de que a Terra estaria se regenerando. Animais selvagens foram supostamente flagrados vagando livremente em áreas urbanas, o que rendeu dezenas de milhares de curtidas e compartilhamentos.

Alguns desses relatos provaram ser verdadeiros e outros foram desmascarados pelo The Guardian e pelo Japan Times.

Em Nara, no Japão, os cervos-sika vagavam pelas ruas da cidade e estações de metrô porque os turistas que normalmente os alimentavam nos parques da cidade sumiram.

As mídias sociais indianas ficaram loucas com imagens de um cervo correndo por Dehradun, a capital do estado norte de Uttarakhand. Um puma apareceu no centro da capital chilena Santiago. Nenhum desses relatos foi refutado.

Outros ignoraram o fato de que esses animais já visitavam essas áreas regularmente. Faz tempo que os javalis têm o costume de descer as colinas ao redor de Barcelona para procurar comida e hostilizar as pessoas. Bandos de perus-selvagens têm sido uma imagem recorrente em Oakland, Califórnia.

Provavelmente a história mais famosa foi o post de mídia social mostrando golfinhos e cisnes nos canais de Veneza. Fake news, de acordo com a National Geographic. Os golfinhos não foram filmados em Veneza e os cisnes são visitantes habituais dos canais.

A popularidade dessas histórias de animais mostra a necessidade de encontrar significado e um propósito para esta devastadora pandemia global e as milhares de mortes que ela provocou. Sem contar que o emocional das pessoas foi abalado, razão pela qual imagens de animais felizes podem ser o antídoto perfeito para o estresse.

4. O impacto ambiental da pandemia de coronavírus na energia

impacto ambiental energia

Demanda de banda larga

Internet Exchange de Frankfurt estabeleceu um novo recorde mundial de transferência de dados em 10 de março, resultando em mais uso de energia.

Com mais de 9,1 terabits por segundo, uma nova barreira foi quebrada, graças a mais pessoas transmitindo vídeo e procurando informações sobre o coronavírus.

A Itália teve um aumento de cerca de 70% na demanda de banda larga e a França de 30%, informou a CNN . Na Coreia do Sul, a atividade de jogos online saltou 30% entre 5 e 12 de março, enquanto o streaming de conteúdo de sites de anime dobrou.

Save On Energy descobriu que a energia produzida a partir dos 64 milhões de streams da terceira temporada de Stranger Things é comparável a dirigir mais de 672 milhões de quilômetros, o que emite mais de 189 milhões de kg de CO2. Isso é o equivalente a dirigir, ida e volta, de Marrakech à Cidade do Cabo 28.391 vezes.

Servidores

impacto ambiental coronavirus

O transporte é, na verdade, o principal agente emissor de gases de efeito estufa nos EUA, e não a eletricidade

Nem todos concordam que o streaming seja tão custoso. Especialistas afirmaram à Mashable que o streaming de conteúdo é, no geral, hospedado localmente e não requer muita energia. Por outro lado, o big data e os algoritmos, como aqueles usados para exibir diferentes produtos para os compradores online, consomem muito mais energia computacional através dos enormes data centers.

Os data centers consomem 1,5% da energia total nos EUA, de acordo com dados governamentais de 2007. A mudança para o trabalho remoto como consequência da pandemia do coronavírus diminui a dependência de servidores corporativos, mas aumenta o uso de serviços em nuvem que, por sua vez, exigem seus próprios data centers sedentos de energia.

Ainda assim, os data centers contribuem para apenas 0,3% das emissões de carbono do mundo e ocupam 1% da demanda global de energia, segundo a revista Nature. De forma mais ampla, um aumento no streaming e big data não terá um impacto tão grande quanto outros fatores, como o rápido crescimento da produção de lixo hospitalar.

Em resumo: o impacto ambiental da pandemia de coronavírus

A maioria das consequências ambientais da pandemia de coronavírus, como o declínio das emissões de carbono e o aumento dos resíduos hospitalares, serão temporárias.

A verdadeira lição reside em algumas tendências preexistentes favoráveis, que foram aceleradas. As viagens de negócios poderão diminuir, pois os executivos perceberam que as videoconferências alcançam o mesmo efeito. De acordo com a Yale Environment 360, o comércio internacional recuará à medida que os países perceberem o quão confiantes eles estão na cadeia de suprimentos global e decidirem produzir seus próprios bens.

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O presidente Emmanuel Macron participa de uma videoconferência com outros líderes da União Europeia no Palácio do Eliseu, em Paris, no dia 10 de março. AP PHOTO/MICHEL EULER

E a demanda por trabalho remoto existe há muito tempo. As empresas finalmente perceberão que os funcionários podem ser produtivos em casa, o que abrirá caminho para a redução do tamanho dos escritórios ou para a eliminação total deles (e as despesas associadas).

Sem dúvida, a perda de vidas por conta da COVID-19 será devastadora. Não há nada a ser comemorado em uma tragédia tão horrível. Talvez seja uma pequena vitória contra tal realidade aprender com o que aconteceu e aplicar essas descobertas ao combate à mudança climática e ao aquecimento global no futuro.

Cientistas falam sobre as lições da pandemia de coronavírus que podemos aplicar para combater as alterações climáticas

Perguntamos aos cientistas ambientais, pesquisadores e ONGs que lições podemos tirar do impacto da pandemia de coronavírus ao meio ambiente, a fim de combater a mudança climática e impedir o aquecimento global no futuro. Há alguma coisa que possamos aprender com esta tragédia para reduzir os resíduos, as emissões e a nossa pegada de carbono? Eis suas respostas.

O déficit dos governos estaduais em decorrência da iminente recessão os levará, por necessidade, a novas fontes de receita. Este seria um bom momento para experimentar fluxos criativos, como impostos sobre combustíveis e o carbono, licenças de emissão e taxas de congestionamento, o que poderá ajudá-los a superar esse obstáculo e a favorecer o meio ambiente.

-Rob Moore, diretor, Scioto Analysis
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A COVID-19 me dá esperança em relação às mudanças climáticas, eis o porquê: enquanto trabalhamos juntos para nivelar a curva do coronavírus, estamos aprendendo lições que podem ser aplicadas à crise das mudanças climáticas. A comunidade científica internacional reuniu-se rapidamente e está se dedicando em conjunto a encontrar uma resposta para a doença. Isso prova que a comunidade global é capaz de trabalhar de forma colaborativa para resolver um problema maior do que qualquer um dos nossos respectivos países. A conexão entre a COVID-19 e a mudança climática também está sendo mencionada regularmente, incentivando conversas sobre o ambiente entre pessoas que não costumavam falar disso.

-Katie Rothenberg, diretora executiva, Paladino and Company
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Há uma série de semelhanças entre a crise da COVID-19 e as mudanças climáticas, incluindo o fato de que ambas exigem ação precoce e agressiva para nivelar a curva. No caso das alterações climáticas, trata-se da curva de emissões. Negar os conhecimentos científicos implica em um custo significativo, de forma que devemos agir rápida e adequadamente. Até que ponto uma crise global se tornará extrema depende das nossas ações.

-Jen Kretser, diretora de iniciativas climáticas, The Wild Center

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Uma das coisas que podemos aprender com os efeitos da pandemia no meio ambiente é que realmente causaríamos um impacto se houvesse um esforço global nesse sentido.  É inspirador ver que, nas cidades com níveis extremos de poluição do ar, de Los Angeles a Nova Deli, as pessoas estão vendo a diferença que a diminuição de carros e emissões de indústrias poluentes teria na qualidade de vida. Embora ainda não tenhamos os dados disponíveis, é provável que a redução da poluição atmosférica seja responsável pela queda no número de episódios de asma e de ataque cardíaco que chegam aos prontos-socorros.  Outra lição importante será constatar como muitos funcionários podem ser produtivos ao trabalharem em esquema de home office, contanto que recebam as ferramentas adequadas. Eu acho que muitas empresas verão o valor disso, seja na redução da necessidade de deslocamento, como do espaço de escritório necessário para tocar os negócios.

-Dra. Luz Claudio, professora de Medicina Ambiental e Saúde Pública, drluzclaudio.com

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Enquanto a maioria dos países está vendo uma redução nas emissões de carbono e outros poluentes atmosféricos durante a pandemia da COVID-19, a tendência provavelmente não será duradoura. Não há indicação de que as pessoas mudarão permanentemente seus hábitos de viagem e consumo como resultado da pandemia, portanto, é possível que as emissões voltem aos níveis anteriores. Há uma esperança, no entanto: a demanda por ferramentas de comunicação online como Zoom, Microsoft Teams e Skype disparou e muitos empregadores foram forçados a implementar políticas de teletrabalho. Com a tecnologia e as políticas de trabalho em vigor, esperamos que os funcionários sejam autorizados e talvez até encorajados a trabalhar em casa com mais frequência após o fim da pandemia. Esta pode ser uma forma de vermos uma redução das emissões de carbono como resultado da COVID-19.

-Seth Newton, doutor em Ciências Ambientais Aplicadas, OutMoreUSA.com

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Se formos capazes de apertar o “reset”, ou seja, redefinir o nosso pensamento após o coronavírus, talvez sejamos motivados a levar a vida de forma mais ecológica. Os trabalhos que podem ser feitos remotamente deverão permanecer assim, por exemplo, para minimizar a utilização de automóveis e transportes públicos. As pessoas terão aprendido a ser mais criativas e menos desperdiçadoras durante este período, pois passaram a fazer suas compras de forma mais sustentável por necessidade. Acho que podemos tentar olhar o lado positivo após o coronavírus e levar nossos novos hábitos de resíduo zero para o futuro. Acredito que seja possível curar o planeta mais rápido do que esperávamos depois do que vimos com o coronavírus. O mundo não precisa parar para que mudanças ambientais positivas aconteçam, mas pequenos ajustes no estilo de vida das pessoas têm o poder de impactar o meio ambiente.

-Casper Ohm, pesquisador sênior, Water Pollution Institute

Líderes empresariais sobre as iniciativas de sustentabilidade planejadas para o pós-crise

Perguntamos a líderes empresariais como eles planejam reduzir o impacto negativo de seus negócios no meio ambiente uma vez que a pandemia COVID-19 tenha diminuído.

A forma como trabalhamos mudou drasticamente no último mês, resultando em menos emissões de poluentes. Eles pretendem permitir que seus funcionários trabalhem mais de casa, limitar as viagens aéreas, comprar de fornecedores locais, reduzir o lixo de escritório, etc.?

Eis suas respostas.

Como uma empresa que poderia ser completamente remota, sempre resistimos a seguir esse caminho por medo de perdermos parte da energia criativa que cria nossos melhores produtos e serviços. À medida que a pandemia de COVID-19 se desenrolava, implementamos uma mudança imediata para uma estratégia de trabalho remoto, algo que tem sido um sucesso até o momento. Tanto sucesso, de fato, que a gestão tem discutido a possibilidade de uma política que permita dois dias de trabalho remoto por semana. Se quiséssemos radicalizar, consideramos levar toda a nossa força de trabalho para o ambiente remoto e nos livrarmos totalmente do escritório, o que economizaria dinheiro em aluguel e serviços públicos e certamente reduziria nosso impacto ambiental negativo.

-Nelson Sherwin, gerente, PEO Compare
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Meus clientes são varejistas de roupas e uma das iniciativas em que estou trabalhando agora é usar a tecnologia para reduzir a quantidade de amostras e sessões de fotos de que precisamos, o que economiza recursos e a necessidade de muitas viagens. Investi em software de modelagem 3D e treinamento, para ajudar os clientes a reduzir a quantidade de resíduos criados no processo de desenvolvimento. Estou envolvida com a sustentabilidade há anos e ficaria feliz em me aprofundar ainda mais no tema, se isso for útil.

-Vicki Wallis, diretora administrativa, The Fashion Business Coach
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A minha grande esperança é que a rapidez com que a crise atual evoluiu e a necessidade de cada pessoa e empresa mudar o seu comportamento para evitá-la sirva de lição de responsabilidade coletiva e da nossa capacidade de fazer mudanças positivas para o nosso futuro. Nós já tentamos reduzir o impacto da nossa empresa dirigindo carros elétricos, que funcionam com energia renovável, usando produtos sustentáveis, etc, mas sabemos que podemos fazer mais e encorajamos nossos clientes a fazerem o mesmo. Espero que os outros jogadores da indústria de viagens, como as companhias aéreas, busquem meios de transporte mais ecológicos, permitindo que nossos clientes desfrutem de chalés de aluguel em Barbados sem prejudicar o meio ambiente no caminho até lá.

-George Hammerton, diretor, Hammerton Barbados
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Recentemente, vi uma imagem circulando nas redes sociais de Nova Deli antes e depois do confinamento. A poluição caiu tanto que, pela primeira vez em muito tempo, pode-se ver a cor real do céu em vez de apenas poluição atmosférica. Isso me fez pensar sobre o que eu posso fazer para reduzir a pressão sobre o meio ambiente, especialmente porque Nova York é tão populosa quanto Nova Deli. Em primeiro lugar, embora minha empresa tenha sempre acomodado a política de trabalho em esquema de home office para incentivar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, quando a crise passar, buscarei aumentar minha força de trabalho remota. Isso reduzirá o número de pessoas que precisam se deslocar para o escritório. As últimas semanas deixaram claro que trabalhar em casa não reduz a produtividade. Meus funcionários ainda são altamente produtivos, o que significa que não haverá efeitos adversos nos resultados. Em segundo lugar, fornecerei mais opções para que meus funcionários participem de conferências e eventos virtualmente, eliminando a necessidade de viagens. Não são medidas extremas, mas são medidas acionáveis que eu posso tomar para atenuar o impacto no meio ambiente.

-Reuben Yonatan, fundador e CEO da GetVoIP
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Temos evoluído nossa configuração remota constantemente nas últimas quatro semanas através de um processo de feedback que implementamos, e agora informamos nossa equipe de que provavelmente faremos a transição para um esquema remoto total, em vez de retornar ao nosso espaço de coworking. Os benefícios ficaram claros. Reduzimos o tempo e a poluição do deslocamento, economizamos dinheiro e nossos funcionários se tornaram muito mais produtivos. Também planejamos reduzir as viagens aéreas, pois temos tido sucesso nas reuniões remotas com os parceiros. Para substituir as refeições que servíamos, agora estamos oferecendo auxílio-alimentação aos nossos funcionários. Eles relataram que cozinhar em casa leva a menos desperdício e, claro, reduz a pegada de levar comida para o escritório. No geral, acreditamos que será um grande avanço!

-Neal Taparia, fundador, Solitaired
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Muitos dos nossos funcionários já trabalham em casa, mas esperamos aumentar esse número e fazer com que mais pessoas trabalhem em período integral no esquema de home office. Uma das coisas que também gostaríamos de fazer é oferecer descontos significativos em nossos serviços para empresas locais. Muitos de nossos clientes estão em amplos nichos populares, mas não necessariamente na nossa região. Queremos ajudar a estimular a economia local da maneira que for possível.

-Jack Choros, CMO, IronMonk Solutions
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Sempre considerei permitir posições remotas na minha empresa e, como meus funcionários lidaram tão bem com a mudança, acho que essa é uma decisão que agora estou disposto a implementar. Como uma empresa que apoia a responsabilidade social em relação ao meio ambiente, permitir que meus funcionários trabalhem em casa faz sentido diante de tudo o que defendemos. Consequentemente, produziremos menos resíduos e poluição e menos energia será utilizada.

-Ryan Anderson, fundador da Bead the Change

Esta pandemia abriu meus olhos para considerar a compra de nossos suprimentos de fontes locais a fim de apoiar a economia local, bem como o meio ambiente. É óbvio o quanto esta pandemia afetou as empresas locais, e se eu puder apoiá-las enquanto faço a minha parte para diminuir o meu impacto pessoal na Terra, melhor ainda!

-Darryl Smith, sócio-fundador, Florida Car Accident Lawyer Team
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Nossos produtos já são recicláveis, mas planejamos dar um passo além e imprimir as etiquetas diretamente na garrafa com tinta biodegradável para que o produto acabado seja ainda mais ecológico. Atualmente usamos um rótulo padrão com adesivo. Fazer essa mudança não só será melhor para o meio ambiente, mas também é uma melhor decisão estética. Todos saem ganhando.

-Calloway Cook, presidente, Illuminate Labs
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A luta para controlar o vírus tem muitos paralelos com a luta para prevenir a catástrofe climática. As empresas já podem começar a se preparar para isso, utilizando o impulso já estabelecido no controle do vírus. O trabalho remoto muitas vezes economiza horas de reuniões inúteis, concentra os encontros virtuais de forma mais eficaz e aumenta a produtividade de quem está trabalhando em casa. Isto vai muito além de simplesmente permitir que os funcionários continuem em home office. As empresas que procuram gerar lucro proativamente e fazer a diferença no mundo devem estar se planejando de forma estratégica agora para não só AGIREM como líderes ambientais, mas para SEREM VISTOS vistos dessa maneira — criando assim lealdade, boa vontade, cobertura da mídia e receitas/lucros.

-Shel Horowitz, especialista em rentabilidade empresarial voltada para a sustentabilidade, goingbeyondsustainability.com

Infográfico do impacto da pandemia de coronavírus no ambiente: fontes

Emissões de carbono

Resíduos

Vida selvagem

Energia

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About Bronwyn Kienapple

Bronwyn Kienapple é responsável pelo marketing de conteúdo na Venngage. Ela também é rata de biblioteca, viajante do mundo, mãe de gatos e entusiasta da comida de rua mexicana.