O Rei Leão é, sem dúvida, um filme sobre liderança que retrata quase tantos tipos de líderes quanto de animais. Junto com uma legião de crianças dos anos 90, aguardo ansiosa o lançamento dessa nova versão.
No entanto, muita coisa mudou desde que o original saiu em 1994, e eu não estou falando apenas de animação digital. Por exemplo, eu mesma expandi meu repertório profissional. Deixei de vender biscoitos de porta em porta para trabalhar em empregos e empresas reais. Assim, não posso deixar de me perguntar como esses personagens operariam no local de trabalho atual.
Como seria reportar a Simba, por exemplo? E quanto a Zazu, Mufasa ou Scar? Como cada um de seus modelos de gestão se materializaria se fizéssemos alguma besteira no escritório? O que aprenderíamos com eles?
Como entusiastas da cultura pop confessos, meus colegas e eu decidimos explorar essas questões imaginando sete líderes diferentes de O Rei Leão transplantados da savana africana para o escritório. Identificamos seus valores distintos, sua filosofia e modelo de gestão, bem como áreas de melhoria. Também elaboramos um pequeno teste para você descobrir qual dos personagem de O Rei Leão mais se assemelha ao seu modelo de gestão!
Pular para um personagem:
Mufasa — O Tradicionalista Transparente
Mufasa é um dos líderes mais fortes já concebidos pela Disney. Em uma combinação única de carisma e compaixão, Mufasa está totalmente comprometido com o seu papel de líder.
Embora seja seguro presumir que herdou sua posição, Mufasa demonstra ser realmente muito bom em seu trabalho. Basta olhar para os abundantes recursos que as Terras do Reino desfrutaram durante a gestão eficaz do seu mandato.
Embora a versão original de O Rei Leão nunca louve Mufasa explicitamente por sua perspicácia corporativa, ela retrata um cenário contrastante sob o reino de Scar, estéril e completamente esgotado dos recursos que Mufasa trabalhou tão duro para proteger.
Isto demonstra uma sólida experiência empresarial e sugere que, no mundo real, Mufasa não só seria capaz de gerenciar pessoas, mas também uma empresa.
Os valores de Mufasa
“Tudo o que você vê faz parte de um delicado equilíbrio. Como rei, você precisa entender esse equilíbrio e respeitar todos os animais, desde a formiguinha até o maior dos antílopes.”
Mufasa seria o tipo de gestor que acredita que todos na equipe têm um papel a desempenhar e algo com que contribuir, não importa o cargo que ocupam. Por outro lado, ele não discriminaria os funcionários mais velhos, acreditando que já passaram do auge e não têm nada de valor a oferecer.
O reconhecimento de Mufasa pela diversidade e pela inclusão provavelmente teria um impacto positivo na organização: pesquisas mostram que empresas inclusivas têm um fluxo de caixa 2,3 vezes maior por funcionário ao longo de um período de três anos quando comparadas aos seus concorrentes menos inclusivos.
A ênfase de Mufasa na inclusão também faria com que os candidatos corressem para se juntar à sua empresa: de acordo com a Glassdoor, dois terços dos candidatos ativos preferem entrar para uma equipe inclusiva. Os candidatos dispostos a trabalhar para Mufasa podem até usar um dos modelos de currículo profissionalmente projetados da Venngage para fazer seu currículo se destacar na pilha.
Com tantos candidatos competindo entre si, Mufasa seria capaz de escolher os melhores e mais brilhantes para preencher as vagas, impulsionando assim o sucesso de sua organização.
A filosofia de Mufasa
Já sabemos que, na versão original de O Rei Leão, Mufasa vê a liderança como uma responsabilidade séria. Nossa primeira dica de que Mufasa terá a mesma mentalidade (e modelo de gestão) no remake ficou evidente em um trecho do segundo trailer oficial lançado pela Disney em abril:
Enquanto os outros procuram aquilo que podem tomar, um verdadeiro rei procura aquilo que ele pode dar.
Mufasa não vê seu papel de liderança como uma oportunidade para exercer o poder, mas como uma profunda responsabilidade de cuidar, motivar e inspirar os outros.
Embora ele tenha altos padrões, Mufasa é genuinamente carinhoso e empático com os membros de sua equipe. Ele não vê seus subordinados como inferiores em quem mandar, mas como indivíduos valiosos que têm algo significativo com o que contribuir.
Martin Zwilling, CEO e fundador da Startup Professionals, afirma:
Uma de suas responsabilidades culturais mais importantes é fazer com que seus funcionários se sintam verdadeiramente valorizados regularmente, apesar dos medos internos e dos comentários conflitantes de seus colegas. Os sentimentos são famosos por produzir, estatisticamente, o maior impacto no desempenho futuro, bem como no moral.
Mufasa é o tipo de líder que se preocupa e acredita em você, e por isso naturalmente queremos segui-lo.
Entenda que você trabalha para seus funcionários, e não eles que trabalham para você.
Mufasa é o tipo de gestor para quem as pessoas querem trabalhar — de acordo com dados compilados pela Pepperdine University, apenas 35% dos americanos preferem um aumento salarial a um chefe melhor.
O modelo de gestão de Mufasa
Como Mufasa confia e respeita seus colaboradores, é provável que ele desse a eles a autonomia de que precisam para realmente se destacarem em seus trabalhos. Isso não só aumentaria a produtividade, mas ajudaria a evitar o desmoronamento da motivação pelo microgerenciamento. Em um estudo de 2014, a professora Alexandra Michel da Universidade da Pensilvânia concluiu que os funcionários trabalham mais e melhor quando recebem autonomia sobre suas funções.
No entanto, só porque ele não ficaria constantemente colado em você, não significa que Mufasa seria um gestor que não se envolve. Pelo contrário, ele investiria fortemente nos membros da equipe e provavelmente se disponibilizaria a orientá-los.
Mufasa também é direto e aprecia a transparência. Seu modelo de gestão direta significa que você sempre saberia sua posição em uma determinada situação com ele. Se Mufasa tivesse preocupações a respeito do seu desempenho, por exemplo, ele não só o diria, mas também ofereceria a oportunidade para melhorar. Como era o caso durante seu reinado, Mufasa, o gestor, seria justo e íntegro.
Ele jamais hesitaria em reconhecer os funcionários que se destacaram. Na verdade, gostaríamos de pensar que ele usaria a Venngage para criar certificados de reconhecimento para essas pessoas, porque esse é o tipo de chefe que ele seria.
As limitações de Mufasa
Sem dúvida, Mufasa é da velha guarda e valoriza a tradição.
Isso pode fazer com que ele seja relutante em adotar melhorias mais modernas no escritório, como horários flexíveis, trabalho remoto, um código de vestimenta casual ou um ambiente amigável para cães. Isso não é necessariamente uma falha, mas é importante que os funcionários de Mufasa fiquem confortáveis em um local de trabalho mais formal (você certamente precisaria tirar o terno e a gravata do armário por um chefe assim).
Mufasa também valoriza experiência e lealdade, o que significa que ele provavelmente delegaria tarefas importantes a quem está em sua equipe há mais tempo, mesmo que elas não sejam as mais capazes de gerar resultados.
Os funcionários juniores talvez precisem “se provar” realizando um trabalho menos significativo antes de serem levados a sério, mesmo que tenham ideias melhores ou habilidades mais fortes do que alguém mais sênior. Esta poderia ser uma área onde o modelo de gestão da velha guarda de Mufasa criaria conflitos na equipe.
A maior limitação de Mufasa, no entanto, seria sua incapacidade de abordar de forma adequada os funcionários nocivos, tão prejudiciais à empresa. Deixar de banir Scar, por exemplo (ou pelo menos colocá-lo em um Plano de Melhoria de Desempenho), poderia sinalizar que, como gestor, Mufasa subestima comportamentos tóxicos que colocam o resto da equipe para baixo.
De acordo com a empresa de recrutamento internacional Robert Half: “Uma comportamento negativo pode ser mais prejudicial do que um desempenho ruim.”
Lições aprendidas com Mufasa
- Como Mufasa, confie nos membros da sua equipe, mas não tanto a ponto de não identificar os funcionários problemáticos.
- Faça com que todos sintam que têm um papel importante, mesmo que pequeno.
- Seja um líder íntegro e justo.
Simba — O Líder Visionário
Isso por si só seria inofensivo, se ele não estivesse tentando mandar no mordomo de Mufasa, Zazu. Quando Zazu se recusa a seguir seus comandos, Simba tenta a primeira e única demissão retratada em O Rei Leão (passando por cima qualquer processo de RH).
Simba acredita que deve ser respeitado, até mesmo obedecido, não pela força de suas habilidades de liderança, experiência ou histórico de sucesso (nenhum dos quais existe neste momento), mas por conta de suas conexões familiares. Sua atitude é desagradavelmente semelhante à de outra pessoa que conhecemos:
Mesmo com essa postura irritante, somos capazes de testemunhar o vislumbre ocasional do líder que Simba um dia será.
Por exemplo, seu desejo de abolir o casamento arranjado nas Terras do Reino demonstra uma mentalidade moderna, ainda filhote. Sua disposição para alterar a dieta e trocar antílopes por insetos também indica que ele estaria aberto a novas ideias e sugestões de seus companheiros de equipe.
Embora Simba viva uma transformação incrível durante a jornada do herói que segue a trágica morte de Mufasa, ele mantém a perspectiva visionária e a mente aberta desde quando é uma pequena bola de pelo até se tornar um estrondoso líder.
Os valores de Simba
Simba seria o tipo de gestor que incentiva o pensamento inovador entre os membros de sua equipe. Ele promoveria uma cultura corporativa revolucionária e criativa, na qual as pessoas não teriam medo de falar e compartilhar seus pensamentos.
Ele não teria problema em experimentar coisas novas, mesmo que estivessem fora da sua zona de conforto. Isso significa que a equipe de Simba provavelmente apresentaria muitos novos projetos o tempo todo, e a equipe colaboraria para executar sua visão mais ampla.
Simba também estaria extremamente comprometido com o crescimento profissional. Ele seria o tipo de gestor que sempre trabalha na aprendizagem, no crescimento e em melhorias, inspirando seus companheiros de equipe a fazerem o mesmo.
De acordo com um estudo realizado por Alison Wood Brooks e seus alunos de doutorado na Harvard Business School, os líderes que admitem o fracasso diminuem sentimentos de inveja. Segundo Brooks:
Se você for bem-sucedido, suas conquistas ficam óbvias. É mais original e inspirador para os outros aprender com seus erros.
A filosofia de Simba
Simba levou a sério as lições de seu pai sobre inclusão e tolerância, como ficou evidente na sua estreita amizade com Timão e Pumba (que outros leões poderiam desaprovar — ou mesmo comer!) Como gestor, ele valorizaria todos da equipe, não importa quão júnior fossem. Ele também estaria aberto a ouvir suas perguntas e preocupações.
O modelo de gestão de Simba
Assim como seu pai, Simba acredita que todos têm um papel a desempenhar. Como gestor, ele faria o possível para garantir que todos os funcionários se sentissem reconhecidos e valorizados. Como resultado, ele inspiraria devoção e lealdade entre seus colaboradores. Basta olhar para Timão e Pumba, que estavam literalmente dispostos a se sacrificar para distrair as hienas e promover a causa de Simba no final do filme original (felizmente eles sobreviveram!)
As limitações de Simba
Inicialmente, Simba é arrogante e acredita que deve ser respeitado por causa de quem é seu pai. Como Scar, ele exige respeito em vez de merecê-lo. Felizmente, Simba sofre um grande ajuste de postura durante o filme e, por fim, desponta como um líder inspirador que restaura as Terras do Reino à sua antiga glória.
Ele também tem dificuldade em aceitar os erros do passado e aprender, embora — com um empurrão de Rafiki — ele eventualmente é capaz de superar essa tendência.
Lições aprendidas com Simba
- Mantenha seus padrões elevados, procure crescer e melhorar sempre, e assim você inspirará os outros a fazerem o mesmo.
- Ninguém se importa com quem é seu pai. O respeito precisa ser conquistado.
- Não deixe que os erros o definam. Aprenda, cresça e continue a seguir em frente.
Rafiki — O Mentor do Crescimento
Os valores de Rafiki
Mudar é bom.
Rafiki aceita a mudança, o que significa que, como gestor, ele provavelmente estaria aberto a explorar novas ideias.
Como ele costuma focar no panorama geral, os subordinados de Rafiki provavelmente não ficariam sobrecarregados com tarefas ou processos desnecessariamente complicados, como adicionar folhas de rosto aos relatórios de controle de qualidade.
A filosofia de Rafiki
Ah é, o passado pode doer. Mas do jeito que eu vejo, você pode fugir dele ou aprender com ele.
Onde Rafiki realmente se diferencia como um líder é em sua forma de abordar os erros passados e o fracasso, que ele reconhece como oportunidades de aprendizagem. Rafiki incorpora uma mentalidade de crescimento e acredita em testar novos conceitos constantemente. Se algo não funciona, ele segue em frente e tenta outra coisa, inspirando sua equipe a fazer o mesmo.
Como disse Ellen DeGeneres: “É o fracasso que proporciona a perspectiva adequada do sucesso.”
O modelo de gestão de Rafiki
O Rafiki gestor desafiaria os membros da equipe a crescer profissionalmente, sair da zona de conforto e produzir seu melhor trabalho.
Ele não seria uma boa opção para pessoas que só querem bater cartão e sair às 5. Ele seria incrivelmente exigente, devido às altas expectativas que tem para todos os colaboradores.
Rafiki é empático e compreensivo, mas mostra baixa tolerância para desculpas. Isso significa que ele provavelmente adotaria uma abordagem direta, transparente e prática em sua gestão.
As limitações de Rafiki
Rafiki não tem medo de ser pouco convencional (como bater em Simba na cabeça para demonstrar que o passado pode, de fato, doer), o que sugere que ele não seria adequado para um local de trabalho mais tradicional. Isso em si não é um problema, é claro, mas é fácil imaginar Rafiki sendo sufocado por uma cultura corporativa rigorosa e, posteriormente, não se apresentando com o melhor de suas habilidades de gestão.
Além disso, aquele bastão é um processo trabalhista pedindo para acontecer…
Como os superiores mais tradicionais podem se sentir ameaçados pelo pensamento fora da caixa de Rafiki, é possível que isso o deixe vulnerável à sabotagem.
Para que Rafiki realmente brilhe como um líder, ele precisaria encontrar um forte ambiente cultural em uma empresa que valorize seu pensamento avançado, em vez de enxergá-lo como um obstáculo.
Lições aprendidas com Rafiki
- Às vezes, as pessoas precisam descobrir as coisas por si mesmas. Rafiki não teria sido capaz de persuadir Simba a voltar para casa e desafiar Scar se ele tivesse tentado pressioná-lo ou manipulá-lo. Em vez disso, Rafiki confiou que, com um certo direcionamento, Simba acabaria descobrindo a resposta certa sozinho.
- Não tenha medo de falhar. Pense nisso como uma oportunidade de aprendizagem necessária para o sucesso futuro.
Scar — O Autocrata Ineficaz
Os valores de Scar
Scar é obcecado por suas próprias ambições profissionais e por ganhar tanto poder quanto for humanamente possível. Ele não só expressa abertamente desdém por seus funcionários, mas também os vê como peões descartáveis.
A filosofia de Scar
Scar acredita que qualquer ação é justificável, contanto que isso favoreça sua causa. Ele também prefere enfraquecer, ser conivente e trair para progredir em sua carreira, em vez de trabalhar duro e construir relacionamentos significativos.
Como ele acredita que sua espécie é superior, ele provavelmente demonstraria considerável preconceito na contratação e promoção.
O modelo de gestão de Scar
Embora Scar se esforce para ser a figura suprema da autoridade, ele é surpreendentemente desengajado no que diz respeito à gestão diária das Terras do Reino.
Seu modelo de gestão segue o estilo laissez-faire, de livre funcionamento, de forma que os funcionários sob sua responsabilidade fugiriam ao controle. Ele não parece se importar com o que seus funcionários fazem diariamente, desde que mostrem o respeito que ele acredita merecer.
Ainda que os microgestores possam ser prejudiciais para os funcionários e para a organização, um gestor ausente é indiscutivelmente pior. Scott Gregory escreve no Harvard Business Review:
Líderes ausentes são pessoas que estão psicologicamente ausentes de seus papéis de liderança. Eles foram promovidos para cargos de gestão, desfrutam dos privilégios e recompensas desse papel, mas evitam um envolvimento significativo com suas equipes.
As tendências ausentes de Scar são provavelmente causadas por uma terrível ética de trabalho. Ele quer as vantagens do poder sem precisar assumir qualquer responsabilidade.
As limitações de Scar
Consequentemente, os subordinados de Scar ficariam desengajados e insatisfeitos, voltando-se contra ele na primeira oportunidade. Lembre-se, Scar realmente sobrevive à queda da Pedra do Reino e encontra seu final infeliz nas mãos das hienas que ele havia repreendido anteriormente.
Scar também é incapaz de falar e articular suas preocupações de forma produtiva. Por exemplo, ele faz comentários agressivos a Mufasa enquanto planeja sua morte, em vez de ser direto sobre sua frustração com a aparente falta de oportunidades de crescimento na Pedra do Reino.
Lições aprendidas com Scar
- Não trate os membros da sua equipe como dispensáveis; isso fará com que os níveis de motivação e engajamento caiam.
- Embora ninguém queira trabalhar para um microgestor, também não é bom ficar completamente afastado e deixar de lidar com seus colaboradores de forma eficaz.
Zazu — O Microgestor Bem-intencionado
Os valores de Zazu
Zazu claramente valoriza a dedicação e a ética de trabalho, duas qualidades que ele possui em excesso. Como gestor, ele estaria totalmente comprometido com a empresa. Não é difícil imaginar Zazu sendo o primeiro funcionário a chegar na segunda e o último a sair na sexta.
Ele pode até seguir a deixa de Dwight Schrute, personagem de The Office, e ficar até tarde para regar as plantas do escritório todos os dias.
Outra vantagem é que Zazu conhece a organização de cor e salteado. Podemos facilmente imaginá-lo usando modelos de avaliação de desempenho da Venngage para se comunicar regularmente com a equipe.
Zazu também é íntegro e realmente se importaria com os membros da equipe, mesmo quando os expulsa da porta para fora.
A filosofia de Zazu
Zazu acredita em seguir a lei ao pé da letra, o que poderia representar um desafio à sua flexibilidade como gestor. Seu compromisso com o regulamento não é necessariamente uma coisa ruim, mas combinado à sua aversão ao risco, Zazu poderia, sem querer, acabar sufocando o pensamento criativo da equipe.
Ele também acredita na hierarquia, sugerindo ser improvável que ele defendesse um de seus subordinados contra um superior. Pelo menos não abertamente. Lembre-se, apesar de todas as suas limitações, Zazu continua a apoiar Simba em sua tentativa de derrubar Scar. Durante a batalha, ele até ajuda Timão e Pumba a perseguir uma horda de hienas.
Embora não seja reconhecido, este foi um grande avanço para Zazu, que é frequentemente caracterizado por sua obediência e por jogar conforme as regras. Como gestor, Zazu ocasionalmente surpreenderia os membros da equipe saindo de sua zona de conforto e apoiando-os de maneiras inesperadas.
O modelo de gestão de Zazu
A microgestão de Zazu não é originária de um sentimento de hostilidade, mas de insegurança.
Sam Dogen, autor do blog Financial Samurai, explica que tendências de microgestão geralmente surgem quando um chefe é “fundamentalmente inseguro”. Ele ou ela também pode ser neurótico (a descrição perfeita de Zazu) ou um profissional de alto desempenho que se recusa a reconhecer que outras pessoas possam trabalhar de forma diferente.
Seja qual for a razão, os resultados seriam os mesmos. Segundo Chris Leitch do Career Addict:
Simplificando, a microgestão destruirá as relações entre gestor/funcionários. Monitorar tudo o que fazem, guiá-los através de cada etapa de seu trabalho e refazer tudo simplesmente porque algo não foi feito da maneira que o microgestor faria, certamente levaria os funcionários a procurar uma oportunidade em outro lugar.
Como um microgestor, Zazu provavelmente faria com que os membros de sua equipe se desinteressassem ou se tornassem emocionalmente afastados do trabalho. Isso dificultaria a capacidade de Zazu de manter os talentos da equipe: de acordo com a Gallup, 56% dos funcionários pouco engajados e 73% dos empregados ativamente desengajados estão à procura de um novo emprego.
Lições aprendidas com Zazu
- Confie em suas próprias habilidades e os outros farão o mesmo.
- Esteja atento às tendências de microgestão, pois elas podem causar desengajamento na equipe e dizimar sua produtividade e motivação.
Pumba — O Destruidor de Barreiras
Os valores de Pumba
Quando Timão e Pumba encontram Simba pela primeira vez como um filhote de leão perturbado que acabara de sofrer um grande trauma, Timão fica inicialmente temeroso em ajudá-lo. Pumba, no entanto, supera seus preconceitos e convence Timão a aceitar Simba.
Isso é, em parte, devido à natureza empática de Pumba; no entanto, ele também teve a visão de perceber que ter um leão adulto por perto e em dívida com a dupla poderia produzir um grande retorno sobre o investimento no futuro. Pumba estava certo, já que Simba eventualmente os salva de se tornarem o jantar de Nala.
Como gestor, Pumba promoveria um ambiente colaborativo, com ênfase no trabalho em equipe e na inclusão. Seus subordinados não trabalhariam em departamentos isolados, pois ele construiria relacionamentos positivos entre todos.
A filosofia de Pumba
Pumba define sua filosofia pessoal como “Hakuna matata” — isto é, sem problemas. No local de trabalho, seu comportamento otimista teria um impacto positivo na equipe, ajudando a reduzir o estresse.
De acordo com o American Institute os Stress, estima-se que 1 milhão de pessoas nos Estados Unidos faltam ao trabalho todos os dias devido ao estresse. Além disso, os cuidados médicos e os dias de trabalho perdidos por esse motivo custam aproximadamente 300 bilhões de dólares por ano para os empregadores americanos.
O modelo de gestão de Pumba
A ênfase de Pumba na colaboração sugere mais harmonia entre os departamentos, bem como entre os membros individuais da equipe. Ele é o tipo de gestor que buscaria ativamente informações e feedback de seus colaboradores, com um modelo de liderança democrático quase que por natureza.
Como Pumba supera preconceitos com facilidade, ele também atrairia talentos de um grupo diversificado de candidatos. Isso sugere que haveria mais criatividade e inovação, devido à ampla gama de experiências, perspectivas e insights que seus membros trariam para a mesa.
As limitações de Pumba
Pumba talvez tenha dificuldade em disciplinar os membros da equipe apresentando baixo desempenho, já que sua natureza jovial faria com que evitasse se envolver em qualquer tipo de conflito no local de trabalho.
Ele também precisa estar consciente de que a linha entre ser chefe e amigo não deve ser violada, ou seus funcionários não o levarão a sério, nem respeitarão sua autoridade.
Lições aprendidas com Pumba
- Não tenha medo de encontrar colaboradores com um histórico profissional/educacional/social/econômico diferente do seu; supere seus preconceitos como fez Pumba e pense nos benefícios a longo prazo que o pensamento diversificado pode trazer para a equipe.
Sarabi — A Defensora dos Funcionários
Apesar de ainda estar de luto por Mufasa (e por seu filho Simba, que ela presume estar morto também), Sarabi demonstra incrível força e coragem por enfrentar Scar quando ele desafia a produtividade dos membros de sua equipe.
Os valores de Sarabi
Sarabi coloca uma enorme importância em suas colegas e está disposta a defendê-las em seu nome, mesmo correndo grande risco pessoal. Ela também não tem medo de chamar a atenção de funcionários tóxicos, não importa o quão seniores sejam.
A filosofia de Sarabi
Embora não seja possível ver muito de Sarabi em O Rei Leão, podemos perceber pela forma como ela resiste a Scar que ela tem uma enorme preocupação com o bem-estar dos seus colaboradores. Ela não tem medo de apoiar ou defender quem está sendo tratado de forma injusta.
O modelo de gestão de Sarabi
Sarabi não tem medo de ser direta, o que significa que ela provavelmente seria uma gestora aberta e honesta. Fica evidente que as outras leoas são leais e ficam ao seu lado durante todo o filme; elas não a seguem porque ela é sua “chefe”, mas porque a respeitam e admiram.
Como gestora, ela cuidaria individualmente de cada membro da equipe. Seus subordinados se sentiriam seguros para procurá-la com suas perguntas ou preocupações. Seu escritório estaria sempre de portas abertas.
As limitações de Sarabi
Embora ela seja certamente louvável por defender sua equipe, Sarabi teria sido mais eficaz falando com Scar em particular, em vez de criticá-lo na frente de todo o reino, ferindo seu ego publicamente.
Em um escritório, isso significa que ela não é tem muita consciência da diplomacia. Ela provavelmente não seria boa ao lidar com a política do escritório, o que deixaria ela e sua equipe vulneráveis a diretores vingativos.
As lições de Sarabi
Como Sarabi, defenda seus funcionários e cuide genuinamente de seu bem-estar para inspirar devoção.
O infográfico “Os modelos de gestão em O Rei Leão” foi desenvolvido por Michelle Lee